Cocriação em projetos corporativos: como a Valemam desenvolve soluções personalizadas
Terça, 7h58. A mesa cheira a verniz fresco. Um post-it marca o centro. Um notebook pisca em 4%. A fita métrica cruza o tampo como uma linha de corte. O cabo de energia, enrolado, espera destino.
A arquiteta encosta a prancheta. O gestor de facilities abre a planta. O eletricista desenha com o dedo o caminho dos cabos. Testamos alcance da mão, altura de tomada, posição do USB. Gabarito de MDF sobre o tampo, simulação de fluxo, cadeira puxada e recolocada… Repetimos até parar de tropeçar em hipótese.
Isso é cocriação aplicada a projetos corporativos: problema real na mesa, protótipo rápido, decisão com quem usa. Errar pequeno, ajustar cedo, validar em campo.
É assim que a Valemam entra no projeto, perto do time, com alternativas concretas, para que cada ponto de energia nasça do uso e esteja pronto para mudanças de layout amanhã.
O que é cocriação e por que ela importa em projetos corporativos?
Cocriação em projetos corporativos é o desenvolvimento conjunto de soluções por quem projeta, executa e usa o espaço — arquitetos, engenharia, facilities e cliente final trabalhando como um time desde o anteprojeto até a operação. A prática combina design colaborativo e engenharia participativa para transformar necessidades reais em especificações técnicas e protótipos testáveis.
Ela ganhou força com métodos como design thinking, codesign e engenharia simultânea, porque reduz incerteza cedo, acelera decisões e conecta estética, desempenho e manutenção ao longo do ciclo de vida do ambiente.
Benefícios práticos em linguagem direta:
- Agilidade: decisões com base em testes e pilotos reduzem retrabalho e aditivos.
- Precisão: pontos de energia, dados e mobiliário nascem do uso real, não de suposição.
- Alinhamento: expectativas do cliente viram requisitos mensuráveis e documentados.
- Menos risco: problemas aparecem no mockup, não depois do piso fechado.
- Valor contínuo: soluções modulares que acompanham mudanças de layout e operação.
Cocriação com a Valemam
Cocriação, para a Valemam, começa cedo. Entramos no anteprojeto para transformar necessidades em requisitos mensuráveis, desenhamos alternativas junto com arquitetos e especificadores e testamos tudo em escala real antes da obra consolidar caminhos. É trabalho de campo e de bancada: medir alcance de mão, simular fluxo, montar piloto, recolher feedback e ajustar milímetros.
Como operamos, na prática
- Mapear o uso: entrevistas rápidas com quem vai ocupar o espaço, leitura de layout e inventário de equipamentos.
- Prototipar: mockups 1:1 em MDF ou peças funcionais, gabaritos sobre o mobiliário e simulações de cabos, tomadas e USB.
- Ajustar: decisões com régua e cronômetro, altura, recuo, torque, raio de curvatura, passagem de ar e manutenção futura.
- Homologar: piloto instalado em um ambiente real, checklist técnico e manual de montagem antes de escalar.
Diferenciais que destravam projeto
- Personalização de fábrica: variações dimensionais, acabamentos, interfaces (USB-C PD, RJ45, Keystone) e kits de fixação prontos para o mobiliário escolhido.
- Engenharia integrada: time técnico conversa com o projeto executivo, entrega modelos BIM/CAD e detalha pontos críticos de obra.
- Modularidade evolutiva: soluções pensadas para troca de tampas, acréscimo de circuitos e reconfiguração sem quebrar piso.
- Validação em campo: pilotos com prazos curtos para decidir com o usuário sentado na cadeira certa, não no papel.
- Suporte pós-instalação: ajustes finos após a ocupação e documentação para futuras mudanças de layout.
O objetivo é simples: cada ponto de energia nascer do uso real e permanecer discreto, seguro e reconfigurável. É nesse encontro entre projeto, operação e fabricação que as soluções personalizadas da Valemam ganham forma.
Produtos que nasceram da cocriação
1. Linha TUCA de carregadores coletivos (com Fabio Yoshio)
O pedido veio do corredor: gente em trânsito, bateria piscando, pouco espaço para parar. Esboço rápido no papel, prova de conceito em MDF e fita crepe para simular cabos. O exercício virou objeto: base estável, cantos gentis para fluxo de pessoas, pontos de carga mapeados pela altura da mão.
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Em laboratório, testamos o tempo de ocupação por usuário e a troca de cabos. Em campo, hospitais e shoppings pediram manutenção simples. A solução final da linha TUCA ganhou módulos substituíveis, USB-C PD e opções como totem, bistrô e suporte. Mesma linguagem, usos distintos.
2. Caixa de tomada Zigus (inspirada no cacto)
O problema era o vão no piso que virava obstáculo. A referência veio da natureza: forma compacta, resistente, que convive com passagem constante. A tampa nivelada com o piso e o rebaixo calculado reduziram tropeços.
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Internamente, definimos o caminho dos cabos para abrir e fechar sem esmagar condutores. Em maquete 1:1, rodamos cadeira, carrinho e sapato de salto sobre o conjunto. Depois de ajustar tolerâncias e dobradiças, a Zigus ficou discreta à vista e direta na função: energia onde o layout precisa, sem ferir a leitura do ambiente.
3. Canaleta articulada FROG (biomecânica dos anfíbios)
A cena que disparou o projeto: mesa muda de lugar, cabeamento não acompanha. Estudamos como um anfíbio se estende e recolhe mantendo o corpo estável. Daí saiu a ideia de elos articulados com raio de curvatura constante, que protegem cabos ao girar.
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O protótipo nasceu em impressão 3D, recebeu testes de torção e, por fim, ajuste de clipes e tampas. Hoje, a FROG sobe, desce e contorna o mobiliário sem exigir obra, abre para manutenção, fecha para a rotina.
4. Linha APIS de eletrocalhas (lógica de colmeia para grandes vãos)
Galpões e escritórios amplos pediam menos suportes e mais continuidade. Observamos a eficiência das colmeias: repetição modular, rigidez por geometria. A APIS adotou módulos que se conectam como células, com acessórios que encaixam sem improviso.
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Em piloto de obra, trocamos parafusos por travas rápidas e marcadores de passagem, acelerando instalação e inspeção. Assim, temos vãos extensos com rota limpa para energia e dados, prontos para expandir.
5. Coluna articulada EMA (leveza aparente, estrutura real)
Briefing de sala colaborativa: tomada perto, piso intocado. A ema inspirou a postura, esguia, firme, com alcance. Testamos bases, pivôs e contrapesos para garantir estabilidade sem volume excessivo.
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O cabeçote recebeu rota de cabos separada para energia e rede, e o corpo permite ajustes finos de posição. Em uso, a EMA some na paisagem, mas entrega ponto de conexão exatamente onde o encontro acontece.
Por que a personalização é essencial na arquitetura?
Personalização, em projetos corporativos, é traduzir o modo de trabalhar de cada equipe em decisões de layout, infraestrutura e manutenção. Ao posicionar energia e dados conforme fluxos reais, o projeto reduz retrabalho, evita interferências na operação e preserva flexibilidade para mudanças futuras, sem sacrificar estética.
Espaços inteligentes e flexíveis pedem soluções feitas sob medida; respostas genéricas tendem a criar gargalos; integrar funcionalidade ao design mantém o ambiente coerente, seguro e pronto para evoluir.
Como o cliente participa da criação de soluções?
Cocriação funciona melhor quando o cliente participa desde o esboço. Em projetos corporativos, isso pode ocorrer em três momentos-chave:
- Anteprojeto: levantamento de usos, inventário de equipamentos, hipóteses de pontos de energia e dados.
- Obra: mockups 1:1 sobre o mobiliário, testes de alcance e ergonomia, ajustes de fixação e passagem de cabos.
- Pós-ocupação e adaptação de layout: pequenos refinamentos, expansão modular e trocas de interfaces (por exemplo, USB-C PD).
Case Maria Farinha: módulo de mesa FROG
O pedido chegou com um condicionante de design: tampos de mesa em madeira. A equipe apontou a dor prática: ninguém queria se agachar para conectar notebook ou deixar celular no chão.
A solução precisava somar acabamento e acesso intuitivo na altura da mão. A partir daí, o processo de cocriação avançou em etapas curtas:
Etapa 1: imersão rápida
A equipe de projeto descreveu o uso diário e os pontos de conexão desejados. Apareceu também a necessidade de portas USB para recarga, um diferencial citado como novidade.
Etapa 2: curadoria técnica com a Valemam
O time entrou em contato e visitou a fábrica para ver opções. No alinhamento, a linha FROG se mostrou aderente por organizar cabos e permitir integração direta no tampo de madeira.
Etapa 3: prototipagem sobre o mobiliário
Fizemos gabaritos no próprio tampo, simulando recuos, ângulos de abertura e passes de cabo para não amassar condutores. os testes verificaram se o usuário alcançava o conector sem esforço e se o tampo permanecia visualmente limpo.
Etapa 4: ajustes finos e acabamento
Foram definidos cortes, fixações e anéis de acabamento para casar com a madeira, a saída USB ficou acessível e protegida. Quem avaliou descreveu o conjunto como “bem simples de usar e muito bonito”, com “acabamento perfeito”.
Etapa 5: homologação e uso
Com o piloto aprovado, a solução seguiu para produção. resultado percebido pela equipe: acesso rápido aos pontos de energia e USB, sem quebra de fluxo e sem comprometer a leitura do mobiliário.
Leia também:
- Superando grandes vãos: a versatilidade das soluções da Valemam
- Design biofílico: integrando soluções de cabeamento em ambientes verdes
- A importância das instalações elétricas no design de móveis corporativos
Cocriação como caminho de projeto
Como você pode acompanhar, a cocriação deixa o projeto mais honesto com o uso: cada ponto, passagem de cabo e tampa nasce de um teste com quem vai ocupar o espaço. Quando fabricante, arquiteto e cliente decidem juntos, a infraestrutura elétrica vira ferramenta de adaptação pronta para evoluir com o negócio.
Vamos mapear seu uso real e desenhar um piloto? Fale com o time Valemam para agendar uma conversa técnica e iniciar um diagnóstico de cocriação.




















